Recomeça a escola… está preparado para evitar os piolhos?
É só começarmos a falar sobre piolhos, que parece que começamos logo a sentir comichão na cabeça, sendo que o lugar preferido dos piolhos são as cabecinhas das crianças, porém adolescentes e adultos também não estão livres dessa infestação.
A pediculose é uma doença provocada pela infestação de Pediculus humanus capitis (piolho) e lêndeas (ovos do piolho) no couro cabeludo, um parasita comum que ataca preferencialmente as crianças em idade escolar.
O piolho é um inseto parasita, que se alimenta do sangue humano extraído do couro cabeludo, sendo facilmente reconhecido como um bichinho preto, que anda pela cabeça. Não voa e não pula, entre os fios de cabelo, no entanto, é o contato típico entre as crianças no ambiente escolar que permite a reprodução com facilidade deste inseto.
O piolho adulto vive aproximadamente 48 horas quando está longe de um hospedeiro humano. A fêmea vive em aproximadamente 30 dias, sendo capaz de colocar até 300 ovos durante o seu ciclo de vida. Esses ovos são chamados de lêndeas, são pontinhos brancos que ficam “colados” no cabelo.
Esses ovos eclodem entre os 7 e os 10 dias e a área mais comum é na região posterior da cabeça, atrás das orelhas e nuca.
O sintoma clássico da Pediculose é a comichão no couro cabeludo, sendo mais comum aparecer em crianças, sobretudo as do sexo feminino e de cabelos longos.
A comichão é causada pelo mecanismo utilizado pelos insetos que permanecem no couro cabeludo para sugar o sangue desse sítio.
É importante referir que esse “mecanismo” que provoca a comichão poderá levar de 4 até 6 semanas para acontecer depois da primeira infestação, por isso é importante a verificação semanal do couro cabeludo das crianças.
Às vezes, essa comichão é tão intensa que pode provocar feridas no couro cabeludo da criança, podendo ocasionar infeções secundárias na região, devido ao contato com outros microrganismos, como bactérias e fungos.
A crianças pode apresentar irritação e dificuldade de concentração nas atividades escolares, além de se sentir constrangida em compartilhar o seu problema.
O piolho é transmitido, principalmente, das seguintes maneiras:
- Através do contato direto entre as pessoas infestadas
- Brincadeiras entre as crianças
- Partilha de artigos de uso pessoal como: toalhas de banho, lençóis de cama, pentes, escovas, ganchos de cabelo, bonés ou chapéus.
O tratamento deverá ser curativo, com o uso de medicamento tópico e preventivo, para ter certeza que o problema foi resolvido e evitar novas infestações.
Os medicamentos tópicos (pediculicídas) são vastos, e eficazes na destruição de piolhos e lêndeas, sendo que muitos especialistas recomendam repetir o tratamento entre 7 e 10 dias para garantir a cura.
De um modo geral, independente do produto que for utilizado para combater a infestação por piolhos é importante verificar para qual idade ele é indicado e nunca exceder a quantidade recomendada para cada aplicação.
E agora que a escola vai recomeçar, é importante que tenha em conta:
- A lavagem com champô ou sabonete convencionais, não matam os piolhos e as lêndeas.
- Em contato com a água os piolhos fecham as suas vias respiratórias e se agarram firmemente ao cabelo.
- Se as lêndeas não forem totalmente retiradas, uma nova infestação irá acontecer.
- Raramente será necessário o corte do cabelo.
- O piolho não voa nem pula, mas por ser leve pode ser conduzido pelo vento, no entanto é o contato típico entre as crianças no ambiente escolar que permite a reprodução com facilidade deste inseto.
- Esteja atento para que as crianças não partilhem objetos pessoais como pentes, escovas e acessórios de cabelo.
- Para crianças com cabelos longos é recomendado mantê-los presos no ambiente escolar (durante o tratamento).
Artigo elaborado pela Nutricionista Ipharma
Inês Morais (C.P. 2794N)